Casket Of Reason

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Dominus

És oxigénio bombeado violentamente no meu coração.

Insinuação de depravação pornográfica... holocausto luxurioso.

Cetim vermelho suspenso entre nós, tu a pairar, e eu dentro de uma jaula... a desejar...

Odeio a forma como me fazes gostar do controlo...

oh... doce submissão minha.

Amordaçado e vendado, cheiro a cera queimada, saboreio a canela que cobre o teu doce...

A cadência do desejo entre nós trocado faz-me sobreviver, só para te dar prazer...

Imploro-te que me compliques, por favor não me deixes parar...

mata-me por dentro...

deixa o meu coração definhar...

Chicoteias-me as costas com pedaços dos teus caprichos, mordes o lábio e olhas-me de soslaio...

sob a tua textura de cabedal fascista, manténs-me amordaçado sob um regime de pecado desviante.

Em ti encontro Deus, em ti venero o sagrado.

Oh, como quero arrastar-me para ti e implorar-te atenção...

como adoro sentir-me inferior sobre ti.

Adoro cada corte que me fazes quando tu, plena dominadora, me ofereces doce fetiche...

a minha adorada dor.

Encosta o teu salto à minha garganta e nega-me desejos...

Convida-me com as tuas unhas sanguíneas e ordena-me submissão...